22.7.2015 - 19:05
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O principal tema tratado na reunião foi a realização, no próximo ano, do Congresso Brasileiro de Cinema (Foto: Ascom/MinC) |
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Roteiristas, produtores e organizadores de festivais e de cineclubes, entre outros representantes do audiovisual brasileiro, participaram na tarde desta quarta-feira (22), em Brasília, de reunião com o ministro da Cultura, Juca Ferreira, e o secretário do Audiovisual do Ministério da Cultura (MinC), Pola Ribeiro. Na pauta, as principais dificuldades que vêm sendo enfrentadas pelo setor.
O principal tema tratado na reunião foi a realização, no próximo ano, do Congresso Brasileiro de Cinema. A ideia é que o evento ocorra a cada ano ou de dois em dois anos, para discutir temas relacionados ao audiovisual, como avaliações, distribuição e funcionamento do setor, entre outros.
O ministro Juca Ferreira se impressionou com a quantidade de entidades que participam do Congresso. "Esse processo de discussão para apresentar a proposta de repactuação do setor com a participação de todas as entidades é muito importante. O encontro vai servir para referendar as discussões", destacou Juca. "O audiovisual é um grande instrumento pedagógico para revitalizar o conhecimento", ressaltou o ministro.
Segundo a tesoureira do Congresso, Edina Fuji, a expectativa é que o evento seja realizado em abril em 2016. "Precisamos aglutinar mais pessoas do próprio mercado e associações para que elas venham às reuniões e a gente chegue a um denominador comum de que tipo de Congresso nós queremos e pretendemos", afirmou. "Outra coisa é ter as pautas e os assuntos delineados e discutidos com cada grupo de trabalho de cada associação para que possa ser levado ao Congresso em abril", completou.
Segundo os representantes do setor, os problemas do audiovisual brasileiro vão desde a regulamentação dos direitos autorais à falta de apoio para festivais. "O Brasil é o país da América do Sul com maior número de festivais. Estamos enfraquecendo os amparos aos festivais. Precisamos dar uma atenção a como voltar a fomentá-los", apontou a presidente do Fórum dos Festivais, Marilha Naccari.
De acordo com o presidente do Congresso Brasileiro de Cinema, Frederico Cardoso, a pauta de reivindicações é extensa, mas com muitos consensos. Ele destacou como desafio a regulamentação da Lei do Curta-Metragem. "A única forma de o audiovisual estar nas salas de cinema é cumprir a Lei do Curta", avaliou.
Gestão compartilhada
O ministro Juca Ferreira e o secretário Pola Ribeiro anunciaram que o MinC está estruturando uma forma de a SAv, a Agência Nacional de Cinema (Ancine), a Cinemateca Brasileira e o Centro Técnico do Audiovisual (CTAV) trabalharem em um sistema de gestão compartilhada.
Segundo Pola, esse sistema marcará uma nova fase para o setor. "Estamos fazendo um diálogo mais amplo com todos os segmentos ligados ao audiovisual, com as secretarias, vinculadas e com todos os setores que trabalham de alguma forma com o setor audiovisual como linguagem, como expressão, como plataforma para constituição de toda essa rede, de todo esse sistema", informou. "Este será um novo pacto para o audiovisual brasileiro para que o investimento que é feito possa ter mais qualidade e retornar para toda a sociedade".
Karine Gonzaga
Assessoria de Comunicação
Ministério da Cultura
Fonte: Ministério da Cultura