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terça-feira, 29 de setembro de 2015

RioFilme lança programa de investimento automático em parceria com o Programa Brasil de Todas as Telas

"Viva o Cinema!" investe em produção e comercialização de longas-metragens

RioFilme lançou a edição 2015 do Programa de Investimento Automático Reembolsável - Viva o Cinema!, em parceria com o Programa Brasil de Todas as Telas. A novidade desse ano é que, pela primeira vez, além da linha de Produção de Longas-Metragens, foi aberta também a linha de Comercialização de Longas-Metragens. Este é um mecanismo de investimento em que produtoras cariocas e distribuidoras nacionais recebem da empresa um crédito proporcional ao número de ingressos vendidos no ano anterior pelos filmes que produziram e lançaram, e escolhem novos projetos a serem investidos.

Do total de R$ 10 milhões disponibilizado nas duas linhas, R$ 5 milhões serão aportados pelo Programa Brasil de Todas as Telas, com recursos do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) e R$ 5 milhões serão oriundos do orçamento da RioFilme. A ação de arranjos financeiros estaduais e regionais do Brasil de Todas as Telas busca estimular o desenvolvimento regional da produção audiovisual brasileira por meio de parcerias com governos municipais e estaduais.

As produtoras cariocas e distribuidoras nacionais que tiveram, em 2014, longas com mais de 300 mil ingressos vendidos devem encaminhar suas propostas de destinação de recursos até 9 de novembro de 2015. O regulamento, seus anexos e a relação de empresas contempladas estão disponíveis no site da RioFilme.

Desenvolvimento da produção regional brasileira

O Programa Brasil de Todas as Telas é a maior e mais importante iniciativa de fomento ao setor audiovisual já desenvolvida no país, com recursos da ordem de R$ 1,2 bilhão, oriundos do Fundo Setorial do Audiovisual. Uma das ações, no eixo que visa fomentar a produção e difusão de conteúdos, busca estimular o desenvolvimento regional da produção brasileira por meio de parcerias com governos municipais e estaduais.

A complementação de recursos do Programa é proporcional ao aporte dos órgãos e entidades locais seguindo os seguintes parâmetros: até duas vezes os valores aportados pelos órgãos e entidades das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste; e até uma vez e meia os valores aportados pelos órgãos e entidades da região Sul e dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo. No caso do Rio de Janeiro e de São Paulo, o programa investe até o mesmo valor disponibilizado. Este é o 34º edital lançado pela ação de arranjos financeiros regionais e estaduais do Programa Brasil de Todas as Telas.

Fonte: Ancine

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

O novo voo da animação

Com três produções em andamento no Estado, gênero ganha mais força e promete marcar espaço nacionalmente 


00:00 · 13.09.2015 / atualizado às 03:21 por Armando de Oliveira Lima - Especial para o Caderno 3
Historicamente identificado pelas produções de curtas metragens autorais, a animação cearense inicia uma nova contação de histórias agora, ao ter equipes dedicadas a produzir para outras plataformas - dentre as quais a televisão vem ganhando destaque. Hoje, dois grupos no Estado conseguiram recursos da Agência Nacional do Cinema (Ancine) que somam mais de R$ 1,5 milhão para desenvolverem séries animadas de TV - com exibição garantida - e fortalecem um meio ainda pouco ocupado.
Voltadas para o público infantil, as duas produções colocam a animação cearense mais uma vez na vanguarda do gênero no Nordeste e marcam a mudança prometida aos realizadores para no audiovisual pelas autoridades brasileiras. "A Lei da TV Paga deu um 'boom' para todo o mercado do audiovisual e a produção precisa aumentar para atender às cotas (de conteúdo nacional) dos canais", aponta a roteirista Mariana Medina sobre a oportunidade que a fez inscrever o projeto da série "Um conto em cada ponto".
A série tem direção de Telmo Carvalho e foi contemplada com R$ 455 mil da Ancine para desenvolver 13 episódios de 5 minutos cada. Para preservar o cinema de autor que fez dele conhecido em todo o Brasil com "Campo Branco" (1997, 15min), o roteiro pensado por Mariana planeja usar três tipos distintos de técnicas. Os dois querem mostrar na televisão um professor (animado em stop motion), que guiará os espectadores nos episódios, os quais terão crianças (em live action) contando lendas pouco conhecidas de diversas partes do Brasil a partir de desenhos feitos por elas mesmas. Das figuras feitas pelos meninos e meninas surge a história (em recortes).
Em estágio mais avançado de produção está a animação "A caixinha de música do Lino", também desenvolvida por Telmo Carvalho, a partir do roteiro de Petrus de Bairros. O projeto desta série infantil para a TV foi contemplado em um outro edital, em 2014, com R$ 150 mil - recurso destinado exclusivamente para a feitura da bíblia (livro com roteiro, estudo de personagens e algumas informações sobre a proposta) e um episódio piloto. Sem garantia de exibição ainda, Telmo deve finalizar os trabalhos até março do ano que vem, quando encerra o prazo destinado pelo edital e também quando ele deve ir negociar os direitos com os canais infantis da TV paga.
Membro da safra da década de 1990 de animadores cearenses e dedicado ao desenvolvimento de animações em 3D - como fez em outra série infantil animada (Bruguelo, 2005, TV Diário), Neil Armstrong foi o outro contemplado do Ceará com o edital de animação infantil da Ancine. Ele conseguiu R$ 1,1 milhão para produzir "Astrobaldo". Feito em técnica mista (2D e 3D), o roteiro traz a história de um garotinho de 5 anos - o Astrobaldo, animado em 2D -, que sonha em ser astronauta e vive imaginando aventuras - animadas em 3D.
Oportunidade
Apesar do custo barato para produzir todos os episódios - R$ 7 mil por cada minuto animado -, os realizadores valorizam a oportunidade de ter uma série exibida, o que sempre foi uma dificuldade no audiovisual brasileiro.
"Já temos a garantia de que vai ser exibida por TVs públicas e só isso já é espetacular", afirma Mariana. Opinião comungada pelo parceiro Telmo e também por Neil, que aponta a competição regionalizada como uma melhoria trazida pelo edital. "Eu espero que isto possa esboçar nossa independência no futuro, porque não podemos só depender da máquina pública para produzi", afirma.
Fonte: Diário do Nordeste

Proponentes contemplados na chamada Prodav 05/2014 – Desenvolvimento de Projetos

Longas-metragens de ficção:

  1. “Fuga em Ré Menor” – Alumbramento Produções (CE) – Valor investido: R$ 100 mil

“Conversando com Einstein” – Anágua Filmes (SP) – Valor investido: R$ 100 mil

  1. “Fora de Rota” – Blue Filmes e Produções (PE) – Valor investido: R$ 100 mil

  2. “Outros Tempos” – Bubbles Produções Artísticas (RJ) – Valor investido: R$ 100 mil

  3. “A Estranha” – Busca Vida Filmes e Produções (SP) – Valor Investido: R$ 95 mil

  4. “Macuxi” – Caos e Cinema Produções (RJ) –Valor Investido: R$ 100 mil

  5. “O Mar que Mora em Mim” – Cavalo do Cão Produção de Filmes (BA) – Valor investido: R$ 100 mil

  6. “Delicadeza” – Cigano Filmes (SP) –Valor investido: R$ 100 mil

  7. “Poder Erótico” –Cinema Brasil Digital (RJ) – Valor Investido: R$ 100 mil

  8. “Praça Vermelha” –Confeitaria de Cinema (SP) –Valor investido: R$ 100 mil

  9. “Narciso Rap” –Cristiane Iglesias Arenas (SP) – Valor investido: R$ 100 mil

  10. “Oranya” –Cristiano Sensi Figueiredo (SP) –Valor investido: R$ 88 mil

  11. “Fogaréu” – D. M. Kamenach (GO) –Valor investido: R$ 100 mil

  12. “O Homem que Falava com Borboletas” – Daza Produção Cultural (RJ) – Valor: R$ 100 mil

  13. “Os Caminhos do meu Pai” – Dezenove Som e Imagens (SP) – Valor investido: R$ 100 mil

  14. “O Homem que Procurava Bombas e Encontrou um Corpo Vivo” – DM Filmes e Produções Artísticas (RJ) – Valor investido: R$ 100 mil

  15. “Poty” – Extrato de Cinema (PB) –Valor investido: R$ 100 mil

  16. “1989” –Fabulário Filmes (PR) –Valor investido: R$ 100 mil

  17. “No Ano que Vem” – Fina Flor Produtora de Filmes (RJ) –Valor investido: R$ 100 mil

  18. “Brasil Leva Jeito” – FR Target Filmes (RJ) –Valor investido: R$ 100 mil

  19. “Ao Nascer o Sol” – Haikai Filmes (SP) –Valor investido: R$ 100 mil

  20. “Todas as Cores do Branco” – HF & DS Audiovisual (RN) –Valor investido: R$ 100 mil

  21. “Elas não sabem tricotar” – Ipanema Filmes (RJ) –Valor investido: R$ 100 mil

  22. “O Brinquedo de Meu Pai” – Iziane Filgueiras Mascarenhas (CE) –Valor investido: R$ 100 mil

  23. “Em Busca do Céu” – Jabuti Filmes (RJ) – Valor investido: R$ 65 mil

  24. “Meu Nome é Kátia Flávia” – Jurubeba Produções Artísticas (RJ) – Valor investido: R$ 100 mil

  25. “Minha Sogra me Perturba” – Lavoro Produções Artísticas (RJ) –Valor investido: R$ 100 mil

  26. “O Filho Plantado” – Lusco Fusco Filmes (SP) – Valor investido: R$ 77 mil

  27. “As Três Sombras” – Macondo Filmes (SP) –Valor investido: R$ 100 mil

  28. “As Tormentas de Astor” –Malabar Filmes (SP) –Valor investido: R$ 100 mil

  29. “Quase Iguais” – Mambembe Produções Audiovisuais (SP) – Valor investido: R$ 100 mil

  30. “O Sino” – Marília Oliveira Cunha (BA) – Valor investido: R$ 99 mil

  31. “O Debut de Teresa” – Mera Semelhança Produções (RJ) – Valor investido: R$ 100 mil

  32. “O Sem Fim” –N Filmes (PE) –Valor investido: R$ 100 mil

  33. “La Touche Sou Eu” – N P Vieira Silva (MA) –Valor investido: R$ 100 mil

  34. “Terra Papagalli” –Olhar Imaginário (SP) –Valor investido: R$ 100 mil

  35. “Paranjana Para Mulheres” – Oobar Content Produções (CE) –Valor investido: R$ 84 mil

  36. “Outra Vez essa Maldita Felicidade” –Pigmento Cinematográfico (PB) –Valor investido: R$ 100 mil

  37. “O Dia que o Morro Desceu” –Plano 9 Produções Audiovisuais (PE) –Valor investido: R$ 100 mil

  38. “Depois que Você Foi” –Trailer Filmes (SP) –Valor investido: R$ 100 mil

  39. “Marlon Brando, Whiskey, Zumbis e Outros Apocalipses” –Vigor Mortis Produções (PR) –Valor investido: R$ 99 mil

  40. “Juliana contra o Jambeiro do Diabo pelo Coração de João Batista” –Visagem Serviço de Produção de Vídeo (PA) – Valor investido: R$ 100 mil

  41. “Réplicas” –Vogal Imagem (BA) –Valor investido: R$ 100 mil


  1. Longas-metragens de animação:

“O Grilo Feliz – Enfrentando o Barulho” – Start Desenhos Animados (SP) – Valor: R$ 100 mil
“Urubus – Uma paixão nas Alturas” – Ananda Filmes (SP) – Valor investido: R$ 100 mil
“O Elevador” – Marão Desenhos Animados (RJ) – Valor investido: R$ 100 mil
“As Outras Pessoas” – Giroscópio Filmes (SP) – Valor investido: R$ 100 mil
“Ceci Bon” – Osso Produções (RS) – Valor investido: R$ 100 mil


  1. Séries de Ficção:

“Calma! Tem explicação!” – Zucca Produções (RJ) – Valor investido: R$ 150 mil
“Los Bandoleros” – CaradeCão Produções (RJ) – Valor investido: R$ 150 mil
“Não Foge, Nem Senta em Cima” – Corte Seco Filmes (CE) – Valor investido: R$ 131 mil
“Programa dos 7” – Doc Filmes (BA) – Valor investido: R$ 149 mil
“Ovelha Negra” – Morena Filmes (RJ) – Valor investido: R$ 150 mil
“Dependentes” – Indiana Produções Cinematográficas (RJ) – Valor investido: R$ 150 mil
“De Volta ao Jogo” – Geral Filmes (SP) – Valor investido: R$ 150 mil
“Olívia e as Palavras Eróticas” – Haikai Filmes (SP) – Valor investido: R$ 150 mil
“Na Pele” – Coevos Filmes (RJ) – Valor investido: R$ 140 mil
“Austero – 1ª temporada” – Tac Filmes (SC) – Valor investido: R$ 150 mil
“Bellini” – Bossa Produções (RJ) – Valor investido: R$ 150 mil
“Escola de supercientistas” – COOPAS - Cooperativa de produção de audiovisuais de saúde, saneamento e meio ambiente (RJ) – Valor investido: R$ 147 mil
“Tribunal do Tempo” – Revanche Produções (SC) – Valor investido: R$ 150 mil
“Antes da Poeira Baixar” – Iziane Filgueiras Mascarenhas (CE) – Valor investido: R$ 100 mil
“Entrequadras” – Filipe Gontijo – Valor investido: R$ 150 mil
“Mulheres Demais” – Mapema Produções (MG) – Valor investido: R$ 150 mil


  1. Séries de animação:

“Cupcake Monsters” – Medialab (SC) – Valor investido: R$ 150 mil
“Mamacarrão” – Melina Vasconcelos Correia de Souza (AL) – Valor investido: R$ 149 mil
“Crônicas de Caixa-Prego” – Bagum Saboa Produções (SP) – Valor investido: R$ 150 mil
“O Espadachim de Carvão” – Moc-m, Oficina de Conteúdo de Comunicação (SP) – Valor investido: R$ 150 mil
“O Incrível Mundo dos Malbets” / Staff Audio Video (AL) / Valor investido: R$ 150 mil
“Mundo de Wander” – A. R. Bozzetti  (RS) – Valor investido: R$ 150 mil
“Moe e Momo no Banco de Trás” – Elo Audiovisual (SP) – Valor investido: R$ 150 mil
“Quissama” – Belli Studio Design (SC) – Valor investido: R$ 150 mil
“Ilha Encantada” – Gravidade Zero Produtora (DF) – Valor investido: R$ 150 mil
“Ecopatrulha” – Recorte Produções de Vídeos e Filmes (SP) – Valor investido: R$ 136 mil
“Passageiros do Futuro” – Malabar Filmes (SP) – Valor investido: R$ 150 mil
“Glu” – Cinefilm Produções Cinematográficas (SP) – Valor investido: R$ 150 mil
“Orozimba e o Oboé” – João Gabriel Nazareth Amorim (DF) – Valor investido: R$ 150 mil
“Rudah” – Frame 22, Núcleo de Conteúdo Artístico (PR) – Valor investido: R$ 150 mil
“Anima Latina” – Basilisco Produções – Valor investido: R$ 150 mil


  1. Séries documentais:

“Coletivos” – GM2P Produções (DF) – Valor investido: R$ 70 mil
“Tambores da Bahia” – Niclo Consultoria de Marketing e Comunicação (BA) – Valor: R$ 70 mil
“Paraíso Tropical” – Paladina Produções Artísticas (RJ) – Valor investido: R$ 70 mil
“Cartografias do corpo” – Tandera Filmes (MG) – Valor investido: R$ 70 mil
“Pop Latino” – Klaxon Cultura Audiovisual (SP) – Valor investido: R$ 70 mil
“Reinos das Mulheres” – Bslacet Produções Artísticas (RJ) – Valor investido: R$ 70 mil
“Mistérios da Amazônia Antiga” – Elástica Produções Cinematográficas (SP) – Valor: R$ 70 mil
“Lusitanos – Histórias de Nossa Alma Portuguesa” – Anitra Produção de Filmes (CE) – Valor investido: R$ 70 mil
“Tropeiros” – Fazenda Cinema e Vídeo (MG) – Valor investido: R$ 70 mil

Fonte: Ancine

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Setor busca apoio para criação de empresa audiovisual cearense

Câmara Setorial do Audiovisual se articula para que Governo do Estado crie empresa nos moldes da SPCine
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A SPCine, empresa paulistana de audiovisual, foi responsável pela distribuição do longa A Vida Privada dos Hipopótamos e Hamlet (foto). Ceará Filmes pode seguir o mesmo caminho com produções cearenses
Na última sexta, 4, dois momentos ajudaram a nortear os rumos do setor audiovisual cearense para os próximos anos. No primeiro, membros da Câmara Setorial do Audiovisual (CSA), órgão consultivo ligado à Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece), se reuniram com Élcio Batista, chefe de gabinete do governo Camilo Santana (PT) para discutir a criação da Ceará Filmes, empresa audiovisual ligada ao Estado. No segundo ato, os resultados da reunião foram expostos na mesa “As políticas públicas para o audiovisual: perspectivas”, realizada no Porto Iracema das Artes.

Participaram do debate o diretor-presidente da SPCine, Alfredo Manevy, o presidente do Instituto Dragão do Mar, Paulo Linhares, e o professor e presidente da CSA, Marcelo Ikeda. “É uma articulação em prol de uma política mais estratégica para a área audiovisual. Para se firmar nessa economia, você precisa de estratégia”, destaca Ikeda, sobre a articulação dos setores para a criação da Ceará Filmes, que funcionaria como uma empresa audiovisual ligada ao governo do Estado, da mesma forma que a SPCine é atrelada à Prefeitura de São Paulo.

Marcos Tardin, diretor-executivo da TV O POVO, participou da reunião como representante da Associação Cearense de Emissoras de Rádio e Televisão (Acert) na CSA e destaca o número de possibilidades que o setor vem abrindo. “Uma Ceará Filmes funcionando seria um divisor de águas no audiovisual cearense”, ressalta. Segundo ele, o primeiro passo é a abertura de uma diretoria audiovisual dentro da Adece, de forma a se gerir recursos do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) e da Agência Nacional do Cinema (Ancine).

“Se a gente cria a diretoria, a gente começa a ter maiores condições de acesso à verba do FSA”, destaca, citando avanços na área como a lei 12.485/2011 (Lei da TV Paga). Hoje, o audiovisual é responsável por 0,5% do Produtor Interno Bruno (PIB) nacional.

Nas reuniões, foi indicado ainda o apoio da TV O POVO, da TV Ceará, da NordesTV e da TV Jangadeiro à criação da Ceará Filmes, com a garantia de exibição de conteúdo cearense na programação dos canais. “Com tudo isso, podemos ter mais produção audiovisual local, que você poderá ver na TV daqui e nas TVs nacionais”, explica Tardin.

Para Paulo Linhares, a articulação conjunta do setor audiovisual é essencial para um aumento da relevância do setor. Segundo ele, um dos dilemas atuais é a produção -e por conta disso aposta na formação de roteiristas na escola Porto Iracema das Artes. Isso, porém, não é o bastante: “Você pode até fazer filmes, mas não consegue furar o bloqueio da distribuição”, lamenta o presidente do Dragão do Mar. 

Para ele, a Ceará Filmes, como mecanismo de produção, distribuição e exibição, pode ser um passo definitivo para o desenvolvimento da área. “Se a gente montar a empresa, a gente pode pleitear diretamente os 30% do FSA para Norte/Nordeste e Centro-Oeste, mesmo antes de regulamentação”, diz, falando de recursos da Ancine.

Já Alfredo Manevy destaca que as mudanças que o audiovisual cearense se propõe a fazer e que São Paulo já vem fazendo são uma “reconfiguração política”. “A cultura é central para combater todos os problemas sociais. É algo que ajuda a cidade a se desenvolver”, garante. “Agora tem que nascer essa irmã da SPCine”, completa, se referindo à Ceará Filmes.
SAIBA MAIS
O que é a SPcine?
Fundada em janeiro de 2015, a SPcine é a segunda empresa de cinema e audiovisual brasileira, juntando-se à RioFilme, criada em 1992. A empresa paulistana tem como principal acionista a Prefeitura de São Paulo, com parcerias ainda com o Governo do Estado e o Ministério da Cultura.

A SPCine atua em três eixos principais: Inovação, criatividade e acesso; desenvolvimento econômico e integração e internacionalização. Na prática, a empresa funciona na produção e distribuição de conteúdo audiovisual (cinema, TV, games e web), além de administrar algumas salas de exibição de cinema em São Paulo.
Fonte: Jornal O Povo